“Uma boa relação é um cartão de visita para entrar”

Em termos de clientes, houve uma alteração muito grande há uns 15 anos mais ou menos, quando saíram quase todos daqui e foram-se estabelecer no Freixieiro, Perafita e Lavra. No início foi um problema, porque a questão do transporte era bastante importante. Tivemos que comprar uma carrinha, tivemos que formar uma pessoa para saber levar as coisas ao cliente mas não foi nada de pior.

A nível da venda directa, há menos. Eu estou convencido que isto é uma coisa sazonal. Está-se a passar uma fase em que as pessoas têm todas apreensão, estão todas a constringir o dinheiro, porque é pouco e como é pouco tenta-se jogar com aquilo que se pode e se sabe.

Por causa da faculdade há também mais movimento, mas nada do fim do mundo. Tem temporadas, finais de curso, épocas em que têm de apresentar trabalhos e tudo mais, que aumenta a produção, mas não é significativo. Se se forma um movimento qualquer, uma empresa qualquer, já me vai dar um acrescento à produção.

Nós estamos muito mais motivados em relação às empresas, sobretudo do Grande Porto. As pessoas que vêm cá são de empresas que debitam “x” esferográficas e oferecem ao fulaninho tal. Quem diz esferográficas podia dizer mil e um artigos.

Tenho também imensos clientes antigos, amigos do meu pai ou filhos de amigos do meu pai. Esses obviamente são meus amigos. A minha relação com os clientes é boa, é excelente. Claro que hoje em dia os preços contam muito mais que uma relação, mas a empresa que tem uma boa relação é um cartão de visita para entrar.

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