Mouzinho da Silveira, já nem sei quem é que ele foi. Sei que foi um grande homem. Senão, não davam o nome dele a uma rua. Eu já soube. Nos meus tempos de colégio soube na História, mas de momento não me lembro. Sei que foi um grande homem, não sei se foi para o Porto se foi para o país.
Casa sim, casa sim era tudo comércio. Aqui em cima era o Sebastião Brás que tinha pregos, cafeteiras, tudo assim. Sei que aqui pegado eram os botões, depois mais acima era uma casa de balanças e por aí fora. Havia uma mercearia. Isso lembro-me.
Tudo condiz com a hora actual. Como diziam, no tempo das vacas gordas, aí a vida corria muito bem. Agora é pior, mas pronto, havemos de ter melhores dias. Isto de tirarem as pessoas porque as casas estão velhas, porem-nas nos bairros… Ficou a rua vazia. E para quê? Para estarem aí as casas todas desabitadas, tudo a cair de velho. Enquanto isto não for tudo restaurado e meter cá gente nova, isto não vai lá das pernas. Porque saiu daqui muita gente e gente muito boa, outros morreram.
Para já, restaurar os prédios é a primeira coisa, porque estando os prédios restaurados, mais gente vem cá. Assim não, chegam ali à entrada:
- “Ui, que está tudo tão velho. Vamos para outro lado.”
Portanto, estando a rua restaurada eu acho que isto vai ter outro movimento.
Uma rua com tanto movimento que é entrada e saída da cidade. Uma das entradas. É uma rua bonita desde que esteja restaurada.