Nos tempos da Rua Corpo da Guarda e princípios daqui da rua eram os sacerdotes os nossos clientes. Além de fazer as suas compras, a maior parte das vezes até nem faziam nada, mas era para se sentarem nesses banco a conversar e a fazerem horas para o comboio. Ganhámos grandes amigos assim. Agora vêm cheios de pressa, vem tudo cheio de pressa, porque têm o metro, têm o comboio. É o fervilhar da hora actual.
Às vezes nem damos fé que eles são sacerdotes porque vêm vestidos normalmente. Dantes havia um certo respeito porque:
- “Ai o senhor padre está aqui.”
Agora às vezes se calhar diz-se alguma tolice e nem sabemos que eles são padres. É um sarilho!
Além dos sacerdotes há também aqueles que vêm de fora, das aldeias que fizeram parte de uma Comissão de festas, que ganharam algum dinheiro com isso, mas não o querem deixar para a outra Comissão. Então vêm, ou mandam fazer bandeiras, ou mandam fazer opas. É isso.
Vende-se também relativamente bem imagens para oferecer. Porque houve um casamento, umas bodas de ouro, umas bodas de pratas e então oferecem uma imagem.