Presentes originais e com tradição Mostrar/Ocultar

Nesta Newsletter destacamos os lenços dos namorados, tradicionais de Vila Verde,  um presente original e com tradição.

Brinquedos de folha para coleccionadores, um presente do passado para oferecer esta Páscoa.



Pessoas

Mini Biografia

Artur José Lopes de Azevedo nasceu na freguesia da Senhora da Hora. Os pais chamavam-se José Azevedo e Maria dos Anjos Lopes, “eram comerciantes“.

Dos tempos de criança recorda a linha 1 do eléctrico e o movimento do mercado Ferreira Borges trazia a esta zona da cidade.

No ano de 1985 criou a Galeria de Artesanato o Galo, onde vende recordações da cidade do Porto, tapeçarias, mantas, galos, brinquedos tradicionais e “uns azulejos hispano-mouriscos, reproduções do século XVII de anjos e santos.

“Seis anos com os meus pais na loja a trabalhar”

O meu primeiro emprego já tinha começado, porque quando andava a estudar nas horas vagas ia para a loja do meu pai e ajudava bastante. Depois, em 1976, quando saí da tropa e não tinha emprego, estive cerca de seis anos com os meus pais na loja a trabalhar. Entretanto já tinham feito um bocado a transição das fazendas e dessas miudezas para artesanato e recordações do Porto. Já na altura se vendia bem, que havia bastante turismo. Tínhamos outra loja. Portanto eram duas pegadas. Uma tinha rolhas e material de engarrafamento, que também era outra coisa que tinha bastante saída na altura do engarrafamento do vinho.

Entretanto, estive cinco anos com os meus pais na loja. Os meus pais depois reformaram-se e quiseram passar a loja. Enquanto trabalhei com o meu pai não tinha ordenado. Tinha uma mesada que ele dava que não era fixa. (Também estava a viver com os meus pais).

Em 1981 fui trabalhar para a Soares da Costa como técnico de desenho. O meu primeiro ordenado foram 11 mil escudos. Era razoável. Na altura, a nível de tabelas do sindicato dos técnicos de desenho era já um padrão médio.

Não deixei a Soares da Costa, continuo a trabalhar lá. Surgiu a oportunidade desde espaço que pertence à Igreja, à Paróquia de São Nicolau. Estava vazio, iam alugar e precisava de obras. Tive a oportunidade e na altura, como ficou o bichinho do artesanato ainda do estabelecimento dos meus pais, pensei e fiz obras nisto. Restaurei este espaço todo em 1985.

Em Julho de 1985, no dia 1, abrimos a loja, mas mais vazia de material, com menos coisas, pois havia menos variedade de artesanato.

Áudios

Rua

“Havia o barulho característico do eléctrico”

Antigamente era muito característica esta rua porque passava aqui o eléctrico. A linha 1 para Matosinhos. Descia e subia todos os dias e com muita frequência havia o barulho característico do eléctrico sempre que passava.

O Mercado Ferreira Borges aqui em frente era antigamente um mercado distribuidor de frutas e legumes do Porto e havia todos os dias de manhã muito movimento com cargas e descargas de frutas que as pessoas vinham comprar.

Moradores, havia um bocado de tudo. De uma certa idade e alguns jovens da nossa idade que ainda hoje temos contactos. Na Rua Mouzinho da Silveira existia muito comércio, pois todos os espaços estavam ocupados, tinha mesmo em frente um alfaiate, uma tipografia.

Neste momento a Rua Mouzinho da Silveira tem mais movimento de automóvel. Nos meses de Verão há muito movimento quer de turistas quer de portugueses. Mas nos meses mais parados, ou seja no Inverno até Abril, Maio isto praticamente é só movimento automóvel e transportes públicos. Trabalha pouca gente aqui para baixo, os escritórios transitários fecharam. Muita gente que trabalhava aqui, inclusivamente na Alfândega do Porto, saíram para o Freixieiro e isto ficou mais parado de movimento de portugueses que passavam aqui todos os dias e que agora não passam.

Agora aos fins-de-semana, sábados, nota-se mais movimento de pessoas portuguesas que são de outras zonas da cidade e que vêm à ribeira. A ribeira já esteve na moda, não está tanto, mas ainda chama muita gente que vem para os bares. Vêm à Ribeira para ver as novidades, as mudanças ou ao Cais de Gaia aos bares de Gaia. Ainda vão passando algumas pessoas ao sábado e ao domingo.

Áudios

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