Terços, estampas, registos e presépios Mostrar/Ocultar

A Casa S. José tem uma variedade muito grande de terços, estampas, registos e presépios, nacionais e estrangeiros, aos melhores preços do mercado.

Além destes produtos temos redomas de vidro de todas as medidas.

Agradecemos uma visita à nossa casa.

Pessoas

Mini Biografia

Maria Isabel Moniz Macedo nasceu, no Porto, a 19 de Julho de 1960.

Da sua infância recorda que a Rua das Flores tinha “muitas lojas abertas, a Louçaria do Norte, lojas de tecidos, de carpetes, de têxteis”.

Terminou o 12º ano à noite, mas depois, a convite do avô começou a trabalhar com ele na Casa S. José, uma casa com 113 anos, “é uma das mais antigas do Porto”.

Hoje representa a terceira geração neste estabelecimento e orgulha-se de poder oferecer aos seus clientes “terços, estatuetas de vários tamanhos, de várias qualidades, redomas de vidro, medalhas, imagens, suportes para bíblias em madeira, relicários, registos, oleografias…

“Nem sei por que vim”

Estudei em Gaia até ao 12.º ano. Primeiro andei na Escola Industrial, no Curso de Formação Feminina. Depois vim estudar à noite aqui para a Escola Soares dos Reis e foi aí que tirei o 12.º à noite. Era uma escola para Artes, mas acabei por não tirar nenhum curso específico. Tive só uma introdução à Fotografia. Tinha curiosidade em ter uns certos conhecimentos. Mas depois não segui. Vim para aqui há 25 anos, salvo erro, portanto devia ter 26 anos. Mas trabalhei aqui enquanto estudava. Nem sei porque vim. O meu avô é que me convidou e eu vim por mero acaso.

Rua

“Havia mais movimento”

Da rua antigamente, lembro-me que havia mais movimento. Muitas lojas abertas. Há lojas que ainda existem, havia a Louçaria do Norte, havia lojas de tecidos de carpetes, de têxteis, que também ainda há, lembro-me muito bem, e era e mais ou menos isso. Nunca houve eléctrico. Nem acho que nunca passaram autocarros aqui. Mas foi sempre como agora, sempre aberta ao trânsito. Que eu me lembre e já há 40 e tal anos, foi sempre assim a rua.

Nos carros que passam não vejo grande diferença, vejo é nas pessoas. Muito menos gente agora, esta loja tinha que ter também mais movimento, porque numa rua sem movimento não há negócio.

“Moradores havia muitos”

Havia muito mais movimento e lá está, muito mais pessoas a viverem na rua. Moradores havia muitos. A minha avó, a mãe da minha mãe, vivia aqui. O meu pai trabalhava aqui. Portanto, eu conheço esta rua desde que nasci. Antigamente, as pessoas não compravam uma casa com a facilidade que se compra agora.

Houve aí uma altura que havia o crédito jovem em que a pessoa podia optar por comprar um andar e pronto, deixaram a cidade e foram para Vila Nova de Gaia. Abandonaram a cidade, porque a cidade não dava condições para quem quisesse viver aqui.

Eu acho que isso foi tudo muito mal feito, mas agora parece-me que estão a querer tentar inverter. Esperemos que sim, é fundamental, viver gente na cidade. Tem que se começar por aí, penso eu.

Uma rua bonita numa cidade maravilhosa

Não tem nada a ver a rua com o que era antigamente. Qual é o problema desta rua? É que há dias que não passa ninguém. Não se vê ninguém na rua! Agora os estrangeiros estão a ir embora, a rua está a ficar outra vez vazia. É preciso criar incentivos, arranjar qualquer coisa para as pessoas virem viver outra vez para a cidade. Isso é muito importante.

A Rua das Flores é uma rua bonita. A cidade do Porto é maravilhosa. Mas acho que é uma rua que vale a pena visitar.

Áudios

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