Terços e redomas venderam-se sempre. Antigamente imagens era o que se vendia mais, a imagem de Nossa Senhora de Fátima, imagens do Sagrado Coração de Jesus. Havia uma fábrica em Gaia que todas as semanas mandavam para cá remessas de imagens. Vendia muito disso, depois as coisas foram-se modificando e os próprios fabricantes começaram a ir às ilhas e foi isso que nos começou a baixar.
Então depois do 25 de Abril, a coisa ficou cada vez pior e agora com a crise é que estamos de uma maneira como nunca estivemos. Eu estou aqui há 61 anos e nunca tivemos uma crise como esta.
Na altura de Maio, 13 de Maio vendia-se muito. A altura do ano em que nós vendemos mais é no Natal, são os presépios. Somos muito fortes em presépios. Tínhamos o mês de Outubro que era muito bom porque vendíamos muito para os cemitérios. Aqueles lampiões de metal das campas, agora já ninguém compra isso. Castiçais com globo para as velas poderem estar acesas protegidas, vendíamos muita coisa disso. Há agora aquelas velas de plástico e tal que são muito práticas. Não se vende de nada.