Os principais clientes eram revendedores. Eram casas comerciais que havia nos Açores e no Ultramar. Havia muitas missões católicas e nós vendíamos muito. Aqui também havia muitos sacerdotes que compravam porque havia Comunhões e ofereciam santinhos, ofereciam o livro da Comunhão, ofereciam os lacinhos do braço e tal. Antigamente havia encadernações de luxo, encadernações boas. Vendia-se formidavelmente. Nós aqui no Porto tínhamos muitas casas comerciais às quais vendíamos. Havia uma casa importantíssima que comprava aqui tudo que era das Comunhões. Era terços, era laços, era livros. E acabou.
Houve uma transformação muito grande, mas a crise tem muita influência, porque nós há cinco anos ainda vendíamos e ainda aguentávamos isto bem. Depois com a crise é que foi um afundamento completo. O ano passado já foi mau. Eles agora dizem que a crise está a melhorar, os indicadores, nós pelo contrário, está a piorar. 2009 tem sido horrível. O que nos tem valido ainda qualquer coisa são os turistas, franceses e holandeses. Primeiro acham muita graça às instalações, ficam admirados com estas antiguidades.
- “Não modifiquem isto que é uma maravilha.”
E depois levam sempre assim umas recordações. Umas imagenzinhas de Nossa Senhora de Fátima mas são coisas pequenas. Porque de resto aqui está completamente parado.