No meu ver, o grande mal da cidade do Porto foi a desertificação que houve. Moradores havia bastantes, mas as casas foram-se degradando não se foram reconstruindo e portanto as pessoas começaram a sair porque não tinham condições. Depois chegou a um ponto que felizmente podiam alugar casas novas ou comprar por meio dos bancos ou coisa assim. O grande mal aqui da baixa, da parte histórica e não só, foi realmente as pessoas terem abandonado as casas porque não tinham condições para elas.
Todas estas casas tinham que ser restauradas e dar condições às pessoas. Muitas pessoas que saíram da Ribeira nem queriam sair, foram desalojadas. Para onde é que os mandaram? A maioria das pessoas da Ribeira mandaram-nos para o bairro do Aleixo. Pessoas muito boas. Era muito mais fácil se tivessem restaurado algumas casas. A Câmara podia expropriar ou ajudar os senhorios a reconstruir. Qualquer coisa porque as pessoas não queriam sair dali.
Os chineses foi uma coisa que veio degradar muito o comércio.
Se nós somos os próprios cidadãos do país devíamos ter as regalias que os outros estrangeiros têm. Nós também fomos para a França, também fomos para a Alemanha, mas foi diferente.
Há 30 ou 40 anos fui a França e já se sabe o serviço que se vê fazer, lixeiros, aqueles serviços mais….
Porque eles tinham possibilidades para pagar. Portanto, é o que eu digo, nós aqui como portugueses que somos também devíamos ter certas regalias que não nos dão.