Comércio Vivo Mouzinho Flores, Ruas vivas, Comércio vivo

Que é que o armazém comercializa? As malhas, as miudezas, a confecção de homem, de senhora e criança, os têxteis lar, os interiores de homem, senhora e criança e a parte de bebé.

A nível das quatro lojas Mota&Faria e uma de Fernando&Mota, todas elas vendem o mesmo tipo de artigo. Aqui, Mouzinho, porque a loja está muito velha também dá para nós escoar-mos artigos de pronto a vestir mais antigos, para saldar, para pôr fora.

Isto nasce com malhas, que era o forte sempre, malhas e têxteis lar. Tinha umas coisitas de bebé na altura, recorda-me uns sapatinhos, aquelas coisinhas… No início até tinha uma coisa que às vezes me recorda, vendiam-se sabonetes, vendiam-se champôs, lacas e pasta dos dentes. Vendiam-se essas coisas todas. Mais tarde evoluiu-se para confecção, mas no sentido mais grosseiro. Só tínhamos calças, ou só tínhamos kispos, ou só tínhamos blusas…

Não é do meu tempo de forma nenhuma, mas às vezes falando com empregados mais velhos eles dizem que naquele tempo o artigo nunca chegava para as quantidades! Comprava-se 100 ou 200, que aquilo num dia desaparecia. Cores? Duas cores! Era castanho e era preto!

- “Ó pá, aquilo era um despachar de mercadoria. Nunca chegava!”

Depois era engraçado. A gente passava na cidade, as pessoas estavam na paragem do autocarro e víamos aquela gente toda vestida igual. Aí três, quatro ou cinco homens com as parkas todas iguais! Hoje já não acontece nada disso.